Qual será o futuro de gestão de pessoas?

15/04/2020

Nas últimas semanas fiz algumas aulas on-line e ao vivo sobre temas que permeiam a gestão de pessoas e muitas pessoas que participaram me questionaram sobre o futuro de gestão de pessoas, o que irá acontecer pós-coronavírus. Eu costumo dizer que o futuro já chegou, apenas algumas pessoas ainda não se deram conta. O vírus apenas acelerou as mudanças que já estavam acontecendo.

Então, o que o futuro irá exigir?

1. Profissional de gestão de pessoas mais estratégico: o mercado não terá mais espaço para os profissionais que buscam modelos prontos e acreditam que com esses modelos conseguirão gerar grandes resultados nos seus negócios. O fato é que toda empresa tem uma cultura e quando o profissional de gestão de pessoas conhece bem a cultura e utiliza métodos confiáveis, o resultado acontece de forma sustentável, mantém-se ao longo dos anos, independente de quem estiver gerenciando a área.

2. Visão de mercado e negócios: muitos profissionais de RH ou gestão de pessoas conhecem sobre "gente", porém desconhecem as forças motrizes que movem o mercado e os negócios. Um profissional de gestão de pessoas estratégico precisa compreender o mercado, entender os impactos das forças externas (tecnologia, política, economia, aspectos sociais etc) nos negócios, deve participar ativamente do planejamento estratégico da empresa e contribuir com a sua visão sobre pessoas associada com as informações de mercado. 

3. A área de gestão de pessoas passa a ser um orientador e direcionador das lideranças: o fato é que as escolas de forma geral não preparam as pessoas para se tornarem líderes até porque tem um viés muito acadêmico, e muitas vezes as empresas promovem profissionais para a liderança em função das competências técnicas. Nesse momento o mercado exigirá mais líderes para manter o engajamento e o comprometimento das equipes, e para que isso ocorra, a área de gestão de pessoas terá que orientar e direcionar as liderenças. Afinal, um líder que não lidera, é como um navio sem capitão. RH que não domina a liderança pode desperdiçar tempo demais no operacional e se tornar obsoleto. Quando falo sobre liderança, falo especificamente em saber proporcionar feedback, delegar, avaliar e orientar a equipe, desenvolver instrumentos para motivar, entre outras competências essenciais. 

4. Quebra de paradigmas sobre treinamentos e desenvolvimentos: a partir de agora muitas capacitações, convenções e eventos com o foco em desenvolvimento de pessoas passarão a ocorrer de forma on-line, isso já está acontecendo e já estamos provando que é possível aprender de forma on-line e que isso também demonstra o comprometimento dos profissionais. Afinal quantas pessoas estão aproveitando esse tempo de quarentena para se qualificarem, enquanto outras se mantém na zona de conforto? 

5. Humanização com empatia e compaixão: sempre se falou em tornar as relações mais produtivas e os ambientes mais humanizados. Mas nesse momento, mais do que nunca a humanização entra com força total, como você contrata uma pessoa ou faz uma demissão irá repercurtir sobre a imagem e a reputação da sua empresa. Você até pode fazer as demissões de forma remota, mas preocupe-se com o "como", as palavras que serão utilizadas, pois a empresa pode precisar recontratar o profissional. 

6. Desenvolvimento de competências de inteligência emocional: o Fórum Econômico Mundial publicou um estudo mostrando que em 2020 uma das competências mais valorizadas no mercado de trabalho seria a inteligência emocional. Eu treinei inúmeros líderes e gestores, fiz inúmeras palestras sobre esse tema, e com o Coronavírus percebemos que de fato essa competência se tornou essencial, como lidar com a ansiedade? como lidar com a pressão? como trabalhar a sua mente para se manter produtivo e bem diante de um inimigo invisível? Todos esses questionamentos demandam o entendimento sobre o funcionamento da mente e como podemos fazer para nos mantermos bem.

7. Incentivo à vulnerabilidade / pedir ajuda: por mais que tenhamos força, esse é um momento de pedir ajuda, se o profissional não está bem ou não está conseguindo dar conta, precisa buscar ajuda de pessoas que possam mostrar os melhores caminhos.

8. Implementação de indicadores: você como gestor de pessoas consegue mostrar com números qual é o resultado do seu trabalho? Se isso ainda não acontece na sua empresa, provavelmente a sua área é operacional, e talvez você ainda não tenha percebido qual o seu real papel.

9. Aprender a vender suas ideias e projetos: muitos profissionais de gestão de pessoas são pessoas maravilhosas, com muito conhecimento sobre a área, porém não aprenderam a vender suas ideias, e isso faz com que não consigam gerar o movimento necessário para provocar as mudanças na empresa e/ou até mesmo autoboicotam o seu crescimento. Aprenda a vender as suas ideias, utilizar gatilhos que irão influenciar os decisores. 

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