Qual é o seu valor?

02/05/2019

Em alguns dos cursos que ministro geralmente provoco os participantes com perguntas do tipo:

  • Quanto vale a sua hora? 
  • Qual é o seu preço? 
  • Qual é o seu valor? 

São três perguntas distintas, mas com um significado muito intenso e profundo. Essas perguntas refletem muito de como somos e qual é o nosso propósito de vida e de carreira.

Inúmeras vezes as pessoas não sabem dizer quanto vale o seu trabalho, em outros casos subestimam o valor do próprio trabalho e às vezes as pessoas respondem “não sei, nunca parei para pensar sobre isso”, outras dizem “o preço é o meu salário”. O fato é que muitas pessoas não param para pensar sobre o seu valor ou sobre como aumentar o seu valor perante o mercado.

Todos nós temos ou representamos um “valor”. Geralmente, se você desvaloriza o trabalho de outras pessoas, o seu trabalho também será desvalorizado. Aquelas pessoas que estão sempre jogando para baixo o trabalho dos demais, pode ter certeza, o valor será reduzido. São aquelas pessoas que sempre dizem: isso é muito caro, não vale tudo isso, ou ainda, a empresa achou muito caro, frases desse gênero. Hoje ainda vivemos numa “crise”,  a crise dos profissionais que desvalorizam o próprio trabalho e muitas vezes isso acaba causando “problemas” no mercado. Nunca desvalorize o seu trabalho, pois ele alimenta os seus sonhos e faz você ir mais longe.

Você aumenta o seu valor conforme você investe tempo e dinheiro no desenvolvimento de competências que geram resultados. Isso vale para você e também para a sua empresa. De nada adianta você ficar acomodado, fazendo sempre as mesmas coisas e esperando resultados diferentes, não espere que o seu valor aumente por conta do tempo que você está na empresa (esse é um dos piores erros que um profissional pode cometer), ou ainda, fazer inúmeros cursos e não aplicar nada, ou ainda, não investir em novos conhecimentos e ficar defasado. 

Quando iniciei a minha carreira formalmente, no meu primeiro emprego com 17 anos, eu recebia uma remuneração de R$ 210,00 por seis horas de trabalho diárias, eu de fato estava em fase de aprendizagem, tinha pouco conhecimento sobre administração, o salário era justo para o trabalho que eu fazia, eu récem tinha iniciado minha gradução em Administração. Porém com três meses de empresa eu fazia todos os fechamentos de caixa, relatórios administrativos e por conta da minha pró-atividade, eu resolvi cobrar os clientes inadimplentes, porque percebi que depois que aprendi o que tinha que ser feito no dia a dia,  sobravam muitas horas no meu dia e eu me sentia incomodada de sobrar horas, lembro que na época consegui recuperar R$ 10 mil reais que estavam perdidos, aos poucos fui assumindo outras atividades do administrativo-financeiro da empresa e fui elevando o meu valor. 

Tudo o que eu percebia que eu poderia fazer, eu fazia, sem ter que questionar os meus líderes, porque eu percebia que o meu trabalho era o que me proporcionava conseguir atingir os meus sonhos, que na época, um dos principais era concluir a minha graduação.

Eu passei a fazer vendas também e aos poucos eu era convidada para atender e fazer os fechamentos em feiras e eventos que a empresa participava e a partir daí  num final de semana eu conseguia ganhar R$ 400,00, ou seja, praticamente o dobro do meu salário, e assim, eu fui ganhando mais e mais credibilidade na empresa, até que eu fui convidada para gerenciar o financeiro dessa empresa, mas dentro de mim eu sentia que não era isso que eu queria e me permiti trocar de trabalho para experimentar outras possibilidades e ampliar o meu valor com o tempo, pois eu queria entender mais de negócios e eu queria ter experiências em multinacionais.

O que eu quero mostrar com esse texto é que “valor” é construído, diariamente, e não importa qual é a sua atividade, você pode ir aumentando o seu valor, mas para isso você tem que mostrar resultados, tem que estar dentro de você, a cada dia você pode e deve enxergar o que precisa ser feito e ir lá e fazer, não se conformar, e nunca RECLAME, porque reclamar é para os fracos, reclamar é para as pessoas que não querem crescer, reclamar nos faz entrar num ritmo que não potencializa os nossos resultados, mas sim nos atrapalha. 

Hoje eu reconheço cada vez mais o valor do meu trabalho, o valor que eu gero para as pessoas e o valor que eu ainda quero gerar e eu sei (sem ser arrogante) que estou seguindo em direção ao que eu ainda quero ser. E aí: qual é o seu valor? Não permita que os outros digam quanto você vale, construa o seu próprio valor. Invista em você com passos firmes e seguros para aumentar o seu valor. Descubra o que move você e VAI com tudo para REALIZAR. Não se conforme com o valor que os outros atribuem a você, muitos podem lhe dizer: isso é muito díficil, você não vai conseguir, mas você pode treinar a sua mente para chegar onde você quer chegar. 

Artigo escrito por: Flávia C. Bernardi

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