Gestão da capacidade produtiva: a ferramenta C x D

08/02/2019

Uma das questões relevantes nas empresas é a análise de sua capacidade produtiva em relação a demanda existente. Nos períodos de alta demanda, as empresas adotam a estratégia de ampliar o mercado que atuam. Por outro lado, nos períodos de queda de demanda, elas devem estar preparadas para manter o espaço conquistado. O importante é que as empresas adotem estratégias de produção que assegurem seu crescimento e permanência no mercado. 

Com isso, elas devem realizar uma eficiente gestão de sua capacidade produtiva com vistas ao atendimento da demanda, adotando o uso de ferramentas que possibilitem considerar todos os fatores envolvidos no processo produtivo. Um desses fatores, destaca-se a eficiência operacional, calculada pelo IROG. A ferramenta possibilita calcular e analisar eficiência dos recursos disponíveis no processo produtivo, sendo considerado um indicador operacional. O IROG permite que as empresas utilizem para analisar as condições atuais de seus equipamentos.

As empresas precisam ter um plano claro de controle da capacidade dentro da sua concepção de estratégia de produção. A estratégia de produção dedica-se a compreender como a fábrica irá atender a demanda do mercado atual e a projetada.

A estratégia de produção e a capacidade é formada por um conjunto de decisões que afetarão não só a capacidade de atender as demandas dos clientes, mas o desempenho econômico do negócio. 

A capacidade real de operação é consequência de diversos problemas não planejados, impedindo as empresas de operar como esperado. É o caso de rendimento, que reduz a quantidade produzida de produtos bons e ainda consome tempo de produção de equipamentos e operadores ao retrabalhar produtos defeituosos. Com a alta competitividade, as empresas precisam adotar estratégias para utilizar melhor seus ativos. Ampliando sua capacidade produtiva e reduzindo custos de produção. Portanto, o planejamento da demanda futura é fundamental. 

Capacidade de produção de um posto de trabalho ( C ) é igual ao tempo durante o qual esse posto de trabalho está disponível para produção ( T ) multiplicado pela sua eficiência ( µglobal), ou seja, C = T X µglobal. A demanda de um posto de trabalho é igual ao somatório (∑) da multiplicação da quantidade de cada item conforme produzido (qi), pelo retrospectivo tempo de ciclo (tpi) de cada item, ou seja, D =∑tpi qi. 

A análise da ferramenta C X D, além de indicar os postos de trabalho restritivos, auxilia na correção da base de dados, pois o desenvolvimento e manutenção explicam divergência entre tempo de ciclo real e o tempo de ciclo cadastrado no sistema.

Esse artigo foi escrito pelo Engenheiro de Produção Robson Padilha da empresa de consultoria Ecoprod

Gestão da capacidade produtiva: a ferramenta C x D

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